Este é um blog sobre cinema. Mais especificamente sobre filmes de que eu gosto aos quais assisti no cinema. Por isso, seu nome é Assista-me! Escrevo tais artigos desde agosto de 2006 e pretendo continuar escrevendo pelo menos 01 vez por mês. Espero, com o blog, indicar tais filmes e também motivar uma reflexão sobre eles.
segunda-feira, 30 de junho de 2025
Homem com H
terça-feira, 3 de junho de 2025
Vidas Passadas
Vidas Passadas é um drama romântico que concorreu a cinco categorias no Globo de Ouro de 2024: melhor filme de drama, melhor direção para Celine Song, melhor atriz em filme de drama para Greta Lee, melhor roteiro e melhor filme estrangeiro. A trama acompanha um romance de infância entre Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), colegas de classe em uma escola primária em Seul que termina quando a família dela emigra para o Canadá.
Após 12 anos, por meio de redes sociais, os dois retomam o contato. E tornam-se presentes na vida um do outro, apesar da distância. O problema é que há coisas que, se o virtual aproxima, traz também a necessidade da presença. Entretanto, o encontro daqueles personagens parece uma possibilidade distante... Nora, sempre mais racional e determinada, acaba propondo um afastamento. E 12 anos novamente passarão até que finalmente aquele encontro presencial aconteça. Mas, enquanto isso, a vida seguiu.
A conexão e a emoção entre Nora e Hae são palpáveis e muito bem construídas. Com uma fotografia delicada e irretocável, o filme é sutil. E, nesta sutileza, percebemos tudo. A cena inicial, por exemplo, na qual um casal desconhecido observa Nora, Arthur e Hae Sung em um bar de Nova York e especula sobre a dinâmica do relacionamento do trio é emblemática porque, ali, já se introduz as possibilidades que serão, afinal, o tema do filme.
Sobre ele, a crítica cinematográfica Isabela Boscov comentou “Para mim, Vidas Passadas é uma destas obras transformadoras. É mais ou menos impossível chegar a certa altura da vida sem que uma escolha tenha excluído completamente outra”. O filme trata deste paradoxo da escolha, que pode nos deixar descontentes, mesmo quando tomamos decisões.
Afinal, não é possível seguir um caminho, sem deixar de seguir outro. Não é simples, mas é fato que, a partir de uma decisão, toda uma vida será construída. E temos que seguir. O que não aconteceu não aconteceu. Pelo menos, nesta vida.