segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Mamma Mia! – Lá vamos nós de novo


A primeira música de “Mamma Mia – Lá vamos nós de novo” é cantada por Sophie (Amanda Seyfried), enquanto ela finaliza os convites para a reinauguração do hotel de sua mãe   (Meryl Streep) . Ele agora se chamará Bela Donna, em homenagem à mãe, que morreu há um ano. A música é  “Thank you for the music” e não deixa de ser uma homenagem ao estilo do próprio filme e o que ele tem a nos oferecer.
O filme não decepciona aos fãs do primeiro longa lançado em 2007.  A história é entremeada de flashbacks de 1979, ano em que Donna (Lily James) engravidou de Sophie  na ilha grega Kalokairi, em que decidiu viver. Paralelamente, acompanhamos os dois dias que antecedem à reinauguração.
Se, no primeiro filme, foi especial conhecer os personagens, revê-los é um prazer. E, caso você seja um espectador que conhece as músicas, vê-las num contexto e pensar sobre as letras é um bônus. As rimas entre as duas versões formam uma continuidade muito coerente. Você não precisa do primeiro filme para gostar do segundo, mas, ao perceber alguns detalhes, pode gostar ainda mais. Ambos começam com Amanda enviando cartas para os pais. No primeiro, o hotel precisa de uma grande reforma. No segundo, surge reformado. Tanya (Christine Baranski) e Rosie (Julie Walters) aparecem, no primeiro, consolando a mãe, e, no segundo, a filha. No primeiro, Bill leva Harry e Sam à ilha. No segundo, ela leva a própria Donna, quando ela chega à Kalokari pela primeira vez. 
Lily James está uma graça como a Donna jovem. Ela tem charme, brilho e um sorriso encantador. Tanya e Rosie têm uma dinâmica irresistível, tanto em 1979, quanto em 2018 e nos proporcionam momentos divertidos na história. Como quando Rosie comenta que acha que sua alma gêmea é o carboidrato e Tanya complementa: "A minha é o vinho.". Nesta versão, temos acréscimos de dois personagens . Cher faz a avó de Sophie, mãe de Donna, uma celebridade em sua época e que, agora, tenta resgatar sua relação com a neta. E Andy Garcia faz o gerente latino do hotel. 
A cena em que Meryl Streep aparece nos emociona de diversas formas. E a música "My love, my life" só faz confirmar que o filme é uma grande história de amor entre mãe e filha. Esta é a relação que nos comove. Entendemos os motivos por que Donna assumiu sua filha de forma tão corajosa. E entendemos toda a reverência de Sophie à mãe. Inclusive Sky, marido de Sophie, parece finalmente compreendê-la. Não à toa, Donna afirma para Sam em 1979: “Não é fácil ser mãe. Se fosse, os pais fariam isso”. E, no ciclo da vida, agora é a vez de Sophie assumir este papel. E, quem sabe, este novo bebê possa inspirar um terceiro filme? Só nos resta torcer.